15/07/2023

As principais tendências do consumidor do futuro em 2024

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CRIATIVOS

Em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, é essencial se manter atualizado sobre as tendências que estão por vir e compreender o comportamento do consumidor do futuro. Afinal, os hábitos de compra e as preferências dos consumidores estão em constante evolução, e quem se adapta primeiro a essas mudanças sempre sai na frente.

A WGSN, autoridade global em tendências, publicou um e-book, baseado em previsões especializadas, dados e insights sobre o público consumidor, analisando como serão os consumidores do próximo ano e apontando algumas mudanças importantes para o ano de 2024.

Os 4 sentimentos dos consumidores do futuro

Para identificar os 4 perfis, a empresa de previsão de tendência, utilizou uma metodologia própria de estudo com base em sentimentos que estão afetando os consumidores e que irão se aflorar ainda mais no futuro. Esses sentimentos são:

1- Apreensão:

Também descrito como ‘choque com o futuro’, esse sentimento é gerado devido à velocidade na qual as coisas mudam atualmente.

A expectativa e a ansiedade causadas pelo excesso de mudanças rápidas e constantes na sociedade e na tecnologia em um curto tempo, está tornando os consumidores cada vez mais apreensivos e, até mesmo, em estado de choque.

Por exemplo, ao ler as notícias sobre os avanços da inteligência artificial, muitas pessoas ficaram ansiosas com o futuro do mercado de trabalho e das relações humanas.

Além disso, devido à fusão de realidades, causada pelo avanço do desenvolvimento do metaverso e de realidades virtuais, em 2024 a percepção de tempo deverá ser mais acelerada. Pois, de acordo com uma pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade de Santa Cruz, na Califórnia, a compressão do tempo – efeito cognitivo no qual o tempo passa mais rápido do que a pessoa pensa – começa a afetar aqueles que frequentam e utilizam essas tecnologias.

2 – Esgotamento:

Uma pesquisa feita pelo Datafolha em agosto de 2022, afirma: “O excesso de informações, de múltiplas conexões e de tempo gasto nos dispositivos e ambientes digitais tem causado aumento dos transtornos mentais. É parte do que revela a pesquisa Saúde Mental dos Brasileiros 2022, conduzida pelo Datafolha, com 2.098 brasileiros, em agosto do mesmo ano.

A conectividade contínua está causando uma sobrecarga emocional nas pessoas, o que pode trazer um sentimento de esgotamento, um exemplo é o excesso de informações que recebem diariamente nas redes sociais.

Além deste esgotamento, as pessoas também estão se tornando cada vez mais desatentas. Este fato é baseado em um estudo global feito pela Universidade Técnica da Dinamarca em 2019, no qual foi notado uma queda significativa na atenção das pessoas ao longo do tempo. Os dados indicam que pessoas de diferentes partes do mundo costumavam assistir a vídeos com duração entre 10 e 30 minutos, porém, atualmente perdem o interesse em poucos minutos.

3 – Otimismo realista:

As pessoas estão adotando um sentimento de otimismo realista em vez de uma positividade tóxica.

A positividade tóxica é uma mentalidade que ressalta apenas o lado positivo das coisas, ignorando ou minimizando os aspectos negativos. Por outro lado, o otimismo realista é uma mentalidade que reconhece os desafios e as dificuldades, mas também acredita que é possível superá-los.

Com a pandemia de COVID-19 e outros eventos globais recentes, muitos consumidores estão se tornando mais conscientes dos desafios enfrentados pelo mundo e estão buscando soluções realistas para esses desafios.

De acordo com o psicólogo austríaco e sobrevivente do holocausto Viktor Frankl, o otimismo realista envolve a busca por propósito em meio às tragédias inevitáveis da existência humana.

4 – Encantamento:

Encantamento é um sentimento que pode ser definido como ‘uma sensação de arrebatamento que sentimos quando nos deparamos com algo tão poderoso que é difícil de explicar’.

De acordo com a WGSN, os consumidores estão experimentando esse sentimento de encantamento que se manteve em segundo plano nos últimos anos.

Há algumas razões para isso. Uma delas é que, com a pandemia e as restrições de viagens, muitas pessoas estão explorando locais próximos de suas casas e descobrindo novos lugares que nunca haviam visitado antes, o que pode trazer uma sensação de encantamento e descoberta.

Além disso, as pessoas estão valorizando cada vez mais experiências autênticas e significativas. Elas estão buscando se conectar com a natureza, com outras culturas e com a história local, o que pode gerar um sentimento de fascinação e admiração. Isso também pode estar relacionado a um desejo crescente de escapar da rotina e da monotonia do dia a dia.

A partir desses 4 sentimentos explicados acima, a WGSN conseguiu elaborar o perfil de 4 tipos de consumidores que devem aparecer em massa em 2024.

Os 4 perfis dos consumidores do futuro e como engajá-los

1 – Reguladores

Após alguns anos de incertezas e mudanças impactantes causadas por vários fatores, mas principalmente pela pandemia da Covid-19, esses consumidores se baseiam na consistência como mecanismo de sobrevivência e defesa.

Os ‘Reguladores’ estão cada vez mais cansados de mudanças e buscam por regularidade e controle, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Por esse motivo, o comércio sem contato, também chamado de click-and-collect (clique e colete), é a melhor estratégia de engajamento para eles, como por exemplo, lojas ou restaurantes que permitem aos seus clientes fazerem pedidos online e retirarem seus produtos na loja sem precisar entrar em contato físico com os funcionários. Isso ocorre já que, esse tipo de comércio também permite que os reguladores mantenham sua privacidade, além de economizarem tempo para terem mais controle entre vida pessoal e profissional.

De acordo com um artigo publicado pelo site de notícias Business Insider, até 2024, o modelo ‘click-and-collect’ deve movimentar US$140,96 bilhões nos EUA. Nesse mesmo período, o número de usuários vai saltar dos 143,8 milhões em 2020 para mais de 160 milhões em 2024.

Nesse mesmo pensamento de priorizar a agilidade e a praticidade, os ‘Reguladores’ irão impulsionar cada vez mais o comércio por voz e o home commerce, ou seja, as compras realizadas em casa, seja pelo computador, celular ou através de comando de voz feito através de um ecossistema de tecnologia smart, como a assistente virtual Alexa da Amazon, irão aumentar.

As vendas do e-commerce nos EUA por meio de alto-falantes inteligentes como o Amazon Echo – que usa o Alexa – devem crescer 16,5% ano a ano (ano a ano) e atingir US$ 3,474 bilhões, de acordo com as previsões do eMarketer da Insider Intelligence. Até o final de 2023, o número deve chegar a US$ 19.4 bilhões, segundo dados da Juniper Research.

2 – Conectores

A busca pela produtividade que surgiu durante a pandemia gerou recordes de burnout, um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante. Atualmente, a doença atinge 30% de 100 milhões de trabalhadores no Brasil, de acordo com pesquisa da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Tudo isso proporcionou aos consumidores chamados de ‘Conectores’, um questionamento se toda essa produtividade vale a pena e a uma busca por um novo equilíbrio entre suas vidas profissionais e pessoais, focando mais em suas saúdes mentais e indo contra a cultura capitalista de produtividade.

Em razão desses fatores, a tendência para 2024 é da cultura do compartilhamento e de uma forma mais sustentável e econômica de se viver.

Um exemplo desse tipo de consumo, é a popularização dos serviços de compartilhamento de carros, que ao invés de cada pessoa possuir seu próprio veículo, as pessoas estão optando por compartilhar um carro com outras, reduzindo os custos de compra, manutenção e combustível. Além disso, os espaços chamados co-living, que são moradias compartilhadas com outras pessoas, e os espaços coworking, onde várias empresas e freelancers compartilham o mesmo ambiente de trabalho, estão se popularizando cada vez mais.

Não só trabalhando o consumo compartilhado é uma estratégia de engajamento dos ‘Conectores’, como também repensar nas embalagens, rótulos e etiquetas dos produtos, já que, o custo por uso, sustentabilidade e autenticação garantida por rótulos são tendências de mercado que importam muito para esse público.

Segundo um relatório da Avery Dennison, empresa dedicada à ciência e fabricação de materiais, para tomar decisões de compra mais éticas, 60% dos consumidores de EUA, Europa e China querem mais transparência sobre a cadeia de produção das roupas que vestem.

3 – Construtores de memórias

Os consumidores, chamados de ‘Construtores de memórias’, querem focar no presente e transformar suas vidas após-lockdown em algo mais simples, investindo na abundância do tempo, em vez de viver buscando a perfeição. Eles procuram se desfazer de relações que não fazem mais sentido e se conectar mais com suas famílias. A tendência é que em 2024 essa necessidade também fará parte da vida sentimental dessas pessoas, por isso, uma boa estratégia é investir na economia do cuidado.

Os ‘Construtores’ querem ‘envelhecer bem’, seja passando mais tempo com pessoas que consideram próximas e queridas, procurando novos hobbies, relaxando, cuidando de si ou descansando, portanto, produtos e serviços que atendam essas necessidades serão prioridade de compras para eles.

Um exemplo da procura de produtos que atendem esse segmento, é o aumento na venda de produtos para skincare (cuidados com a pele), de acordo com uma análise do Mercado de Produtos de Cuidados com a Pele, o mercado global de produtos para cuidados com a pele foi avaliado em US$ 140,92 bilhões em 2020 e está projetado para testemunhar um CAGR de 4,69% durante o período de previsão, 2021-2026.

4 – Neo-sensorialistas

Esse é um tipo de consumidor diferente dos que já citamos até agora, pois ao invés de medo da tecnologia, eles sentem esperança nela e, segundo a WGSN, eles querem viver os melhor dos dois mundos “(…) querem pagar um jantar presencial com criptomoeda, desbloquear recompensas no metaverso para usar na vida real e investir em NFT para pendurar a obra na parede de casa.”

Os ‘Neo-sensorialistas’ abraçam o avanço da tecnologia e querem cada vez mais fazer parte dela, por isso em 2024, as empresas precisam investir nisso, seja oferecendo recompensas digitais, criando estratégias de parcerias baseadas em NFTs, eventos em jogos digitais ou até mesmo se adaptando a novos meios de pagamentos, como as criptomoedas.

De acordo com a Mastercard, o índice de pessoas que pretendem usar criptomoedas deve aumentar ainda mais em 2024 e 93% das pessoas vão considerar usar um novo método de pagamento, como biometria ou pagamento sem contato.

Além disso, esses consumidores querem cada vez mais fazerem parte do metaverso e da realidade virtual, portanto investir em meios que façam sua empresa estar presente nessas tecnologias ou oferecer produtos que proporcionem essa tecnologia a eles, irá fazer com que você esteja mais próxima de conquistar sua fidelidade.

Essas são as previsões feitas pela WGSN, caso queira ler o conteúdo completo produzido por eles, clique aqui.

Embora previstas para 2024, algumas dessas tendências já estão se tornando realidade. Por isso, é importante começar a estudá-las agora para integrá-las às estratégias de negócios no próximo ano.

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